O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Saúde e Entidades Beneficentes, Filantrópicas e Religiosas da Paraíba (PBCSAB) voltou a denunciar a situação considerada grave e insustentável enfrentada pelos profissionais de saúde que atuam em hospitais privados de Campina Grande.
Segundo Josemar Bezerra, além do Hospital Antônio Targino, os funcionários da CLIPSI e do João XXIII também não receberam o salário referente ao mês de outubro e que o complemento do piso da enfermagem, que deveria ser repassado até o quinto dia útil, também não foi pago.
Segundo ele, o FGTS dos colaboradores igualmente não está sendo depositado, agravando a insegurança trabalhista e financeira das equipes. De acordo com o sindicato, a administração do João XXIII vem empurrando datas e não cumprindo compromissos, deixando os profissionais sem previsão de pagamento.
No Hospital Clipsi, o cenário não é diferente. O sindicalista informou que o salário de outubro segue atrasado e que apenas parte dos trabalhadores, especialmente aqueles dos setores de recepção e portaria, recebeu seus vencimentos. Os demais permanecem sem pagamento e sem qualquer garantia de quando o dinheiro será depositado. Segundo ele, a situação demonstra desigualdade no repasse salarial e falta de transparência na condução dos pagamentos, aumentando o sofrimento e a instabilidade para quem já trabalha em condições de alta pressão.
Josemar afirmou ainda que todos esses atrasos têm provocado adoecimento psicológico, endividamento e desespero entre os trabalhadores, que seguem atuando em serviços essenciais mesmo sem receber. Ele classificou o quadro como “desumano” e reforçou que o sindicato continuará buscando a Justiça e cobrando providências dos órgãos fiscalizadores para garantir os direitos das categorias afetadas.