
O deputado federal Mersinho Lucena (PP) saiu em defesa do pai, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (MDB), após críticas feitas por aliados do governador João Azevêdo (PSB). Em entrevista, A Tal de Política, do radialista Rudney Araújo, o parlamentar classificou os ataques como “recalque” e afirmou que partem de figuras que “queriam ocupar espaços que não lhes foram dados”.
Segundo ele, algumas das vozes que hoje atacam Cícero são as mesmas que, no passado, pleitearam vaga na chapa majoritária do prefeito e não foram escolhidas. A crítica, segundo Mersinho, inclui aliados do governo estadual que hoje miram principalmente o vice-prefeito Léo Bezerra, mas acertam também o prefeito.
Ele também fez questão de resgatar episódios da política paraibana que, segundo ele, vêm sendo “esquecidos convenientemente”. Mersinho recordou que, em 2021, o Progressistas, partido do deputado Aguinaldo Ribeiro e da senadora Daniella Ribeiro, não integrava a base do governador João Azevêdo.
“Em 2021 a senadora Daniella Ribeiro era pré-candidata a governadora contra João. Não fazia parte da base. Agnaldo também não. Jane Panta, Doutora Paula, João Bosco… todos estavam fora. Quem ajudou a construir essa ponte para unir os grupos foi Cícero Lucena”, disse.
Para o deputado, essa articulação foi essencial para permitir a estabilidade política na transição rumo à sucessão estadual.
Mersinho também comentou a escolha do vice-governador Lucas Ribeiro (PP) como pré-candidato ao governo em 2026. Ele questionou a narrativa de “direito natural” utilizada por aliados de Lucas:
“Qual o direito natural que Lucas tem de ser o candidato? Ele pode ter vontade pessoal e familiar, mas critério é critério. O prefeito Cícero disse: ‘Eu posso até não ser candidato, mas me deem critérios’. Por que Cícero não teria o mesmo direito natural?”, indagou.
Em tom comparativo, o deputado citou exemplos nacionais de prefeitos reeleitos que se lançaram ao governo em seus estados, como João Campos (Recife), JHC (Maceió) e Eduardo Paes (Rio de Janeiro).
Para ele, faltou ao governo do estado “clareza” no processo de definição do nome. “Podemos discutir quem é melhor, mas tem que haver critério. Não pode ser imposição
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