
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,4% no trimestre encerrado em outubro, o menor índice da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012, segundo o IBGE. O resultado também ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetava 5,5%. A população desocupada recuou para 5,9 milhões de pessoas, com queda nas comparações trimestral e anual.
O número de trabalhadores ocupados permaneceu estável em 102,5 milhões, enquanto o total de empregados com carteira assinada alcançou novo recorde, somando 39,1 milhões. A informalidade ficou em 37,8% e os rendimentos continuaram em alta, com massa salarial e salário médio atingindo níveis recordes. Especialistas apontam que parte dessa melhora é impulsionada por contratações típicas do fim do ano, mas reforçam que o mercado segue resiliente.
A subutilização da força de trabalho caiu para 13,9%, o menor nível registrado. Houve redução no contingente de desalentados, na força de trabalho potencial e no número de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas. Segundo o IBGE, a expansão da ocupação tem reduzido a pressão por busca de emprego. Mesmo com oscilações entre setores, o país vive um cenário de desemprego baixo, renda em crescimento e maior formalização, fatores que têm ajudado a suavizar os impactos dos juros elevados.