MPF pede acesso a todos os dados da perícia dos corpos de vítimas de megaoperação no Rio em até 48h https://www.terra.com.br/noticias/brasil/mpf-pede-acesso-a-todos-os-dados-da-pericia-dos-corpos-de-vitimas-de-megaoperacao-no-rio-em-ate-48h,71b18c7d8a167dd8dadd50ea07495f1bozrkk4t5.html?utm_source=clipboard

 Pelo menos 119 pessoas morreram na operação contra o Comando Vermelho. Movimentos de direitos humanos denunciam chacina, mas o governo do Rio contesta.



O Ministério Público Federal pediu nesta quarta-feira (29/10) ao Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro acesso em até 48 horas a todos os dados da perícia dos corpos das vítimas da megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro.


Na solicitação, o procurador regional dos direitos do cidadão adjunto, Julio José Araujo Junior, diz o prazo se justifica diante da urgência do tema e especifica que os laudos necroscópicos devem informar:


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Descrição completa das lesões externas;

Descrição completa das lesões internas;

Identificação dos projéteis nos corpos e extração para encaminhamento pericial;

Exame radiográfico dos polibaleados;

Croqui com lesão dos corpos;

Fotografia de todas as lesões encontradas nos cadáveres;

Fotografia das características individualizantes;

Item de discussão contendo trajetória dos projetis e distância dos disparos.

Pelo menos 119 pessoas morreram na operação realizada na terça-feira (28/10) pelas Polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro contra a facção Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital fluminense.


Desde a madrugada, moradores do Complexo da Penha levaram pelo menos 55 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, uma das principais da região.


Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, o balanço apresentado já inclui esses corpos.


A operação dessa terça-feira foi a mais letal já registrada desde 1990 na região metropolitana do Rio pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (Geni/UFF).


Movimentos de direitos humanos classificam a operação como chacina e questionam sua eficácia como política de segurança. O grande número de vítimas também foi criticado pelo Alto Comissariado dos Direitos Humanos das Nações Unidas, que se disse "horrorizado" com a operação nas favelas.


Entre as vítimas, havia quatro policiais. Todos os 115 demais seriam "narcoterroristas", segundo o delegado Felipe Curi, secretário da Polícia Civil do Rio.


"De vítimas ontem só tivemos os policiais", afirmou o governador Cláudio Castro (PL), nesta quarta.


Curi levantou suspeitas sobre a forma como os corpos apresentados pelos moradores e disse que será aberta uma investigação a respeito.


"Eles estavam na mata, nós temos imagens deles todos paramentados, com roupas camufladas, com colete balístico, portando essas armas de guerra. Aí apareceram vários deles só de cuecas ou só de shorts, descalços, sem nada. Ou seja, é um milagre que se operou", disse o delegado.


"Parece que eles entraram num portal e trocaram de roupa. Temos imagens de pessoas que retiraram os corpos da mata e colocaram em via pública e tirando a roupa desses marginais. A Polícia Civil está instaurando inquérito policial para investigar essas pessoas pelo crime de fraude processual."


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